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Continuar encarando os desafios da vida corporativa ou empreender?

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Esse dilema não é novo, mas acredito que nunca esteve tão atual. Os desafios impostos às empresas pelo cenário de desaceleração econômica, de modo geral, têm levado para o ambiente corporativo: uma pressão maior por resultados; discordâncias a respeito dos rumos que a organização está tomando; constatação de que muitos gestores não estão preparados para liderar e apoiar as equipes em tempos difíceis; além do medo do desemprego. E isso tudo cria um ambiente favorável para as pessoas se questionarem se o melhor não seria trilhar um caminho próprio.

Infelizmente, eu não tenho uma resposta exata para lhe dar porque ela é única para cada pessoa. Mas como empreendedora há quase 30 anos, posso contar um pouco sobre a realidade de ser um empreendedor e tentar ajudá-lo a refletir sobre o tema.

Muitas pessoas têm vontade de empreender porque acreditam ser uma forma de realizar o “sonho” de trabalhar com mais liberdade, inovar e deixar sua própria “marca” no mundo. Outros desejos comuns são ter horário flexível, mobilizar pessoas e ter mais qualidade de vida.

Flexibilidade de horário, poder criar as regras da “casa” e ter agilidade na tomada de decisão provavelmente são os pontos mais favoráveis de ser o dono do negócio. Mas ocupar essa posição não significa deixar de ter um “chefe”, de ser cobrado por alguém, de ter que negociar e lidar com pessoas com as quais não temos tanta afinidade assim… Na verdade, só mudam os nomes dos envolvidos nos seus desafios profissionais e nas questões a serem resolvidas no dia a dia de trabalho. Chefes, colegas de trabalho e clientes internos passam a se chamar: clientes, sócios, investidores, fornecedores, consumidores, funcionários.

Sem dúvida, todo empreendedor tem uma liberdade maior do que teria se trabalhasse em uma empresa que não é sua. Mas, em contrapartida, sua responsabilidade é infinitamente maior. Por exemplo, se a sua empresa estiver com a entrega de um produto atrasada e um funcionário ficou doente, é você que vai ter que trabalhar dobrado para cumprir com o que foi combinado com o cliente, mantendo a qualidade de sempre. Se o fornecedor de logística estiver com excesso de demandas e não puder atender a da sua empresa, é você que vai ter que dar um jeito de fazer a entrega acontecer (nem que seja com o seu carro particular!).

Sem contar que, em momentos como o que enfrentamos atualmente, você terá em suas mãos o destino de todos os profissionais que trabalham para você e estão envolvidos de alguma forma na cadeia de valor da sua empresa, dependendo das decisões que vai tomar e das soluções que vai encontrar para driblar os desafios de mercado. É claro que eles também podem e devem trabalhar com você nisso, mas a responsabilidade é sua. É você que vai eventualmente assumir riscos, dívidas e assinar demissões. Cedo ou tarde, todo empreendedor passa por essas situações.

 

Empreender é uma atitude

Então, se você quer, sim, ter mais autonomia e liberdade para colocar suas ideias em prática, mas não tem tanta vontade assim de ter a responsabilidade por uma empresa, é possível ser empreendedor em uma organização que valorize essa atitude e efetivamente dê espaço para os colaboradores apresentarem suas ideias, participarem de projetos estratégicos e das tomadas de decisão. Se parece estranho o que estou dizendo, considerando sua experiência profissional até agora, acredite: isso é possível.

E é por isso que eu sempre digo que, ao fazer um planejamento de carreira e buscar novas oportunidades de trabalho, é fundamental procurar por empresas cuja cultura e valores estejam alinhados com os seus. A sua chance de seguir carreira e se desenvolver continuamente em um lugar que tem um jeito de trabalhar que combina com o seu é muito grande.

Como colaborador de uma empresa ou como dono dela, o empreendedor é aquele que tem “atitude empreendedora”. Propõe mudanças que ninguém enxergou ou eram vistas como impossíveis.  Seja como parte da equipe ou à frente de um negócio, o profissional empreendedor precisa desenvolver: boa capacidade de organização e planejamento, sabedoria para não desistir no primeiro tombo e ousadia para assumir riscos (calculados, claro).

Se aperfeiçoar nesse sentido pode ser um bom começo, enquanto reflete a respeito do melhor caminho a seguir para realizar seus anseios profissionais. E apesar de eu não ter lhe dado uma resposta exata sobre se deve ou não abrir seu negócio próprio, pelo menos uma coisa eu posso garantir: investir em aprimorar ou desenvolver habilidades empreendedoras, só traz trazer benefícios, seja qual for a escolha que fizer.

 

 

 

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